“Fazer um livro é como um rascunho que se reconstrói”, diz Vila-Matas

“Quando algum conhecido amigo pergunta sobre um livro meu, é um incômodo. Dá vontade de levantar e ir embora.” A frase é do escritor Alejandro Zambra, que dividiu a mesa com o espanhol Enrique Vila-Matas na tarde de ontem.

Eles falaram sobre suas obras mais recentes. Enrique Vila-Matas, que nasceu em Barcelona em 1948, falou um pouco sobre sua mais recente obra, Ar de Dylan. O livro fala sobre um personagem (Dylan), que coloca uma placa de “vende-se” em sua casa e quando as pessoas perguntam sobre a casa, ele responde que nada está à venda. Ele só queria conversar.  “Tentar fazer um livro é como um rascunho que se reconstrói e faz descobrir coisas que nem eu conhecia”, disse.

Alejando Zambra falou de sua obra Bonsai, que trata de um casal que vê seu amor como um plantinha. Mas eles ficam com medo, pois se a plantinha morrer o amor também morreria. “Para escrever um livro, você tem que escrever como um resumo de um livro que já foi feito”, disse o escritor chileno.

Texto: Luis Felippe Vieira, de 18 anos

Esse post foi publicado em Sem categoria. Bookmark o link permanente.

Deixe um comentário