Nascido em São Paulo, Eduardo de Oliveira Coutinho é considerado um dos mais importantes documentaristas do Brasil. Seu trabalho é caracterizado pela capacidade de escutar os outros e pela sensibilidade, registrando sem sentimentalismo as aspirações das pessoas comuns.
Cursou faculdade de direito em São Paulo, mas não concluiu. Passou pelo teatro, cinema e jornalismo. Aos vinte e um anos teve seu primeiro contato com o cinema pelo seminário promovido pelo MASP. Ganhou um concurso de televisão respondendo perguntas sobre Charles Chaplin. Com o dinheiro ganho, foi para a França estudar direção e montagem no IDHEC, onde realizou seus primeiros documentários.
Em 1960, de volta ao Brasil, integrou o Centro Popular de Cultura da UNE. Foi gerente de produção do primeiro filme produzido pelo CPC, o longa de episódios “Cinco vezes favela”.
Após o documentário “Cabra marcado para morrer”, que fez muito sucesso, Coutinho descobriu sua paixão e passou a trabalhar nesse universo, ganhando prêmios em festivais do mundo todo.
Teremos a incrível oportunidade de vê-lo na Tenda dos Autores, no dia 6 de julho, às 12 horas. Coutinho irá rever os principais pontos de sua trajetória e discutir suas ideias atuais sobre documentários, ao lado de Eduardo Escorel, que é crítico, diretor e o montador de seu filme “Cabra marcado para morrer”.
Texto: Catarina Costa, de 17 anos
Imagem: reprodução do site cabinecultural.com