Hermanos na Flip

Ao contrário da tradicional rivalidade nos esportes, Brasil e Argentina tem mais em comum do que pensamos. Na mesa Mano a Mano estavam presentes Damián Tabarovsky e Leopoldo Brizuela, que compararam, com mediação de Leandro Samartz, as influências trocadas entre os dois países.

manoamano

Damián além de escritor é tradutor e editor responsável pela publicação de literatura brasileira no país dos hermanos. Contou que clássicos da nossa literatura estão sendo republicados no país, como por exemplo Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto. Ele teve livros publicados na França e só então suas obras foram traduzidas para o português.

Leopoldo, também escritor e tradutor, confessou ser amante de Machado de Assis e Clarice Lispector. Ele contou que foi pela música que aprendeu a falar português, em umas férias que passou com os amigos aqui. Quando abordados sobre as semelhanças entre as culturas, Brizuela disse haver um verdadeiro contrabando de poesia, palavras, historias e música. Damián contou que antes do período da ditadura argentina (1966 a 1973), a literatura brasileira era muito presente na argentina e, com a censura, só voltou a ver autores brasileiros nos anos 90.

Smartz observou que a literatura argentina não parecia ter divisões de gênero. Os escritores completaram a afirmação dizendo que a ficção polêmica e dramática não são só características da Argentina, mas também das novelas brasileiras.

A mesa terminou com a costumeira sessão de autógrafos e fotos com os escritores na Casa da Cultura.

Marina Luiza De Valécio, de 18 anos
Maria Eugênia Leonardo da Silva, de 18 anos
Karina Bastos, de 18 anos
Foto: Matheus Costa, de 18 anos

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