Transcriar, para o poeta e crítico literário Haroldo de Campos, é criar a partir do que se quer traduzir. É reinventar sentidos, com base no que uma outra pessoa escreveu ou narrou.
Pois foi a partir da imersão na poesia de Hilda Hilst que o Coletivo Jovem Repórter conseguiu inspiração para a transcriação do poema Amargura em todos os gestos, da autora homenageada na Flip 2018.
O roteiro foi criado colaborativamente pela turma de 22 de jovens, que pôs a mão na massa para realizar cada etapa de todo o processo audiovisual: do corte das batas que serviram de figurino – feito no capricho pela Marina Alonso –, à escolha dos trechos de poemas escritos à mão nas vestimentas, das músicas, a produção da cenografia, a locação das filmagens… tudo foi elaborado com muita criatividade, e conduzido pelos próprios jovens.
Depois, chegou a hora de sair pelas ruas de Paraty, para as gravações. No caminho, turistas e paratienses deixavam suas marcas em poesias e frases escritas nas túnicas criadas pelos jovens. Ao final, para encerrar com chave de ouro, o vídeo Amargura e algumas produções audiovisuais da equipe Jovem Repórter foram exibidas no Telão da Praça.
Acompanhe aqui o registro do processo criativo e o vídeo produzido pelo Coletivo.